Bullying não é brincadeira, é crime!
Muitos assuntos precisam ser debatidos, mas não me canso de falar sobre os problemas que rodeiam o âmbito educacional de nosso Estado e, consequentemente, de nossa Capital. Dessa vez, venho abordar algo que está se tornando caso judicial e contaminando o ambiente escolar, prejudicando muitos alunos e causando graves transtornos: o bullying. Muitos até desconhecem o termo, mas com certeza já presenciaram, praticaram ou foram vítimas de violência moral ou física na escola.
A prática do bullying é caracterizada pela ação repetitiva de agressão verbal ou física contra alguém, de maneira constrangedora. As conseqüências para as vítimas são muitas como queda no rendimento escolar, isolamento social, depressão, auto depreciação, constrangimento e, em casos extremos, suicídio.
Durante o período escolar, os jovens estão formando sua personalidade. Uns são mais populares e se aproveitam, em alguns casos, da posição de líder da turma para violentar verbalmente os mais tímidos e mais “fracos”, ou aqueles que possuem alguma deficiência. Geralmente, a ação é covarde e causa uma violência repetitiva e que parte do grupo, diminuindo ainda mais as possibilidades de reação da vítima, que sofre calada, as vezes, por anos.
É uma realidade mascarada. Muitos ainda levam esta violência como uma brincadeira, mas não é! Temos que levantar esta discussão para que possamos promover a paz, principalmente nas salas de aula, onde já existem muitos problemas a serem enfrentados. Foi sancionada, na semana passada, a lei nº 7.952, de minha autoria, que dispõe sobre a criação de uma campanha de prevenção e combate ao bullying escolar, de forma a coibir tal prática e conscientizar a todos sobre as consequências que o mesmo traz.
Apesar de ter sido sancionada, o processo é lento. Desde o ano passado venho discutir este projeto, pensando no desenvolvimento de Vitória. Como a mídia retratou a semana passada, Vitória está entre as capitais que mais sofrem com o bullying escolar, em 4º lugar, com 33,3% de vítimas declaradas. E não são as escolas públicas, alvo de todas as críticas, as responsáveis pelos números. Segundo a pesquisa do IBGE, são nas escolas particulares onde o bullying mais acontece.
Portanto, que fique clara a importância de saber que bullying não é brincadeira, é crime!
Neuzinha de Oliveira
Data de Publicação: segunda-feira, 21 de junho de 2010
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